Um homem se incendeia em frente ao tribunal onde Donald Trump está sendo julgado

Estados Unidos
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20 de abril de 2024

Autoridades policiais confirmaram à CNN que alguém se incendiou na sexta-feira do lado de fora do Tribunal da cidade de Nova Iorque, onde o ex-presidente Donald Trump, o suposto candidato republicano, está sendo julgado por supostamente falsificar registros comerciais.

"Um homem entrou no parque do outro lado da rua do Tribunal, jogando panfletos no ar", informou a rede de televisão, citando os policiais. "Ele então tirou algo de uma mochila mas não ficou imediatamente claro o que era e depois incendiou-se."

Jornalistas estavam na área para o julgamento histórico e a âncora da CNN Laura Coates estava entre aqueles que descreveram a cena ao vivo em direto enquanto policiais do Departamento de Polícia de Nova Iorque e equipas de emergência trabalhavam para extinguir o incêndio.

A polícia "demorou a responder em parte por causa das barricadas em torno do parque", explicou Emily Ngo, do Politico, compartilhando fotos e vídeos da cena nas redes sociais. Há "apenas uma maneira de entrar no parque fora do tribunal sem saltar a cerca. Foi barricada em antecipação aos protestos. E uma vez que não houve muito em termos de protestos, a presença da polícia é ligeira. A polícia teve que correr todo o caminho para chegar ao homem."

A pessoa que se imolou "foi receptiva quando foi removida, mas está muito, muito gravemente queimada. Corpo carbonizado", disse Ngo.

A CNN informou que os panfletos apresentavam alegações de irregularidades contra a Universidade de Nova Iorque e disseram: "a NYU é uma frente de máfia."

Um jornalista cidadão auto-identificado chamado Jack compartilhou nas redes sociais uma foto de um livreto que a pessoa teria deixado na terra.

"Meu nome é Max Azzarello, e sou um pesquisador investigativo que se incendiou fora do julgamento de Trump em Manhattan. Este acto extremo de protesto é para chamar a atenção para uma descoberta urgente e importante: somos vítimas de um golpe totalitário, e o nosso próprio governo (juntamente com muitos dos seus aliados) está prestes a atingir-nos com um golpe apocalíptico fascista mundial."

Dentro do Tribunal Criminal de Manhattan, os jurados restantes foram empossados para o caso de Trump, no qual ele enfrenta 34 acusações por registos relacionados a supostos pagamentos em dinheiro para encobrir escândalos sexuais durante o ciclo eleitoral de 2016. São 12 jurados e seis suplentes.

O ex-presidente foi indiciado por um grande júri de Nova Iorque na primavera passada. Ele também enfrenta dois processos criminais federais - um relacionado ao manuseio de material confidencial e outro por tentar reverter sua perda em 2020, que culminou na insurreição de 6 de janeiro de 2021, bem como um caso de interferência eleitoral na Geórgia.