Papa Francisco quer Igreja Católica de “portas abertas” no Norte da África

Fonte: Wikinotícias

Vaticano • 3 de março de 2015

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O papa Francisco dirigiu-se hoje (2) às igrejas católicas do Norte da África e recomendou que evitem o proselitismo e acolham a todos os fiéis para demonstrar que são comunidades “de portas abertas”. “Acolhendo a todos com benevolência, sem proselitismo, as vossas comunidades demonstram ser uma Igreja de portas abertas”, disse, diante dos bispos da Conferência Episcopal da Região do Norte da África, durante visita ad limina.

A visita ad limina apostolorum (visita aos túmulos dos apóstolos) é uma obrigação dos bispos diocesanos e outros prelados da Igreja Católica, que devem ir ao encontro do papa e visitar os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo, a cada cinco anos. O papa lembrou aos prelados da Argélia, Líbia, do Marrocos, Saara Ocidental e da Tunísia, que representam “uma periferia”, e agradeceu pelo trabalho de cada um, apesar das “explosões de violência” registadas na região, especialmente na Líbia.

“O Norte da África, há anos, converteu-se em uma terra de conquista de maior liberdade de consciência, de dignidade e, ao mesmo tempo, num campo de batalha para quem as mudanças se impõem brandindo as armas”, disse. Por isso, Francisco agradeceu pelo trabalho da Igreja na Líbia, pela “coragem, lealdade e perseverança” que demonstrou o clero local, ao permanecer na região, “apesar dos múltiplos perigos”.

“Eles são testemunhas autênticas do Evangelho. Agradeço muito a eles e os animo a continuar com seus esforços a favor da paz e reconciliação em toda a região”, afirmou o papa. Francisco voltou a advogar pelo diálogo interreligioso, para “construir onde muitos destroem”.

“A caridade é capaz de abrir numerosos caminhos para levar o Evangelho às culturas e aos mais diversos contextos sociais”, disse. “O antídoto mais eficaz contra cada forma de violência é a educação na descoberta da aceitação e das diferenças como riqueza e fecundidade”, acrescentou Francisco. Por essa razão, ele disse aos bispos que é “essencial” que, nas suas dioceses, “os sacerdotes, religiosos e leigos estejam próximos do diálogo ecumênico e interreligioso”.

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