ONU: Talibã despede centenas de mulheres por violarem a lei islâmica

Fonte: Wikinotícias
Mulheres são agredidas no Afeganistão

24 de janeiro de 2024

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As Nações Unidas anunciaram ontem que o governo talibã no Afeganistão despediu centenas de mulheres dos seus empregos por não cumprirem a lei islâmica.

A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) afirmou isto no seu Relatório do Quarto Trimestre de 2023 sobre os Direitos Humanos no país, salientando que o governo talibã continua a implementar e promulgar restrições aos direitos das mulheres.

Ao mesmo tempo, foi revelado que o governo tomou medidas para impedir as mulheres de trabalhar ou de aceder aos serviços públicos porque eram solteiras ou não tinham um tutor masculino.

O relatório afirma que pelo menos 600 mulheres foram despedidas dos seus empregos por violarem o código de vestimenta, incluindo o hijab.

Além disso, em algumas regiões, foram tomadas medidas para evitar que as mulheres viajassem longas distâncias sem um tutor masculino e, noutras regiões, foi anunciado que pacientes do sexo feminino sem familiares do sexo masculino foram proibidos de aceder a instalações médicas desde o início do mês passado.

Desde que regressou ao poder em 2021, os talibãs têm aplicado estritamente a Sharia, a lei islâmica, e têm impedido as mulheres de se envolverem em atividades sociais.

Anteriormente, em abril do ano passado, o Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade uma resolução condenando a opressão dos direitos humanos das mulheres pelo regime talibã.

Fontes[editar | editar código-fonte]