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Milhares de pessoas exigem que governo da Espanha receba mais refugiados

Fonte: Wikinotícias
Os ministros do primeiro Governo do Presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy

Agência Brasil

18 de junho de 2017

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Milhares de cidadãos foram ontem (17) às ruas de Madri pedir que o governo cumpra o compromisso de receber 17 mil refugiados até setembro.

Em uma marcha que partiu da Praça de Cibeles e foi encerrada na Praça da Espanha, os manifestantes de mais de 100 plataformas cidadãs e organizações sociais uniram suas vozes para exigir o fim de uma postura forte da Europa contra os refugiados.

"A Espanha está preparada, e os orçamentos também. As ONGs que trabalham na acolhida sabem o que se pode e o que se deve fazer. Pedimos não um ato de solidariedade, mas apenas que cumpram a responsabilidade e o compromisso internacional", afirmou à Agência EFE a porta-voz da plataforma Cear, Cristina Sirur.

Na marcha, os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Parem as guerras", "Nenhuma pessoa é ilegal", "Acolhida humana e digna", "Pontes, não muros", "Nem guerras nem fronteiras".

"Diante da falta de compromisso do governo, milhares de cidadãos foram às ruas exigir que os compromissos sejam cumpridos porque há milhares de pessoas nas fronteiras", disse a ativista.

"Queremos uma Espanha e uma Europa acolhedoras. Que se deixe de vulnerar [ferir] os direitos das pessoas que buscam refúgios, que as instituições entrem em acordo para fazer uma acolhida mais favorável possível porque não é um número escandaloso", completou Cristina Sirur.

A iniciativa foi apoiada por todos os partidos, exceto o Partido Popular (PP), do presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, e pelo Ciudadanos.

A três meses do fim do prazo dado pela União Europeia para que a Espanha receba mais de 17 mil refugiados, o país só cumpriu 7% da meta, recebendo 1.304 pessoas que estavam na Grécia, Itália, Turquia e no Líbano.

Em comunicado, os manifestantes exigiram que a Espanha estabeleça vias legais e seguras para que os refugiados não arrisquem suas vidas. Pediram também que o país aumente o número de vagas para recebê-los.

Fontes