Marta Suplicy pede demissão do Ministério da Cultura por carta e critica Dilma Rousseff

Fonte: Wikinotícias
Marta Suplicy na Fundação Biblioteca Nacional (FBN) no Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 2012.

Agência Brasil

12 de novembro de 2014

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A ministra da Cultura, Marta Suplicy, pediu demissão hoje (11) do cargo à presidenta Dilma Rousseff. A senadora licenciada estava à frente da pasta desde setembro de 2012. Na carta, Marta agradece dizendo que, em meio às inúmeras demandas e carência orçamentárias do Ministério da Cultura, dirigiu seu trabalho para a inclusão da população na produção de cultura e ampliação do acesso aos bens culturais.

Encerro hoje a presente etapa com minha missão cumprida, razão pela qual apresento meu pedido de demissão. (…) Tivemos a possibilidade de construir caminhos e encaminhar soluções para nossas sete importantes instituições e fundações coligadas, assim como também pudemos apresentar um país diferente no exterior.

Carta de demissão da ministra.

Marta citou seu trabalho para a aprovação de projetos pendentes no Congresso Nacional, como o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de Fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além de ter enviado à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia-Entrada.

“Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país”, disse à presidenta Dilma.

Marta Suplicy, senadora do PT pelo estado de São Paulo, volta a assumir o cargo no Senado Federal, por mais quatro anos. A assessoria do Ministério da Cultura não soube informar quem assume o comando da pasta.

Antes de virar ministra, Marta Suplicy foi eleita senadora para período de oito anos (1º de fevereiro de 2011 a 1º de fevereiro de 2019) mas em setembro de 2012, enquanto ocorria campanha eleitoral municipal em todo país, Dilma Rousseff nomeou de Marta Suplicy ao ministério. Essa nomeação provocou grande polêmica, pois Marta jamais foi formada ou teve origem cultural, era apenas formada em medicina como sexóloga, pois foi muito criticada como forma troca de favor (na qual o Partido dos Trabalhadores criticou quando era oposição) ao apoio ao então candidato e atual prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, que hoje amarga como uns dos prefeitos mais impopulares que administrou a cidade, desde as eleições diretas para prefeituras das capitais, ocorrida em 1985, cuja popularidade, acompanhada por prefeitos e outros políticos caíram devido aos protestos de Junho de 2013.

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