Saltar para o conteúdo

Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores sabia sobre dinheiro ilegal, disse ex-secretário

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 4 de outubro de 2005

Email Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores (PT) Silvio Pereira disse durante uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo que ele e outros integrantes da Executiva Nacional sabiam sobre o dinheiro ilegal ("caixa dois") usado pelo partido.

A entrevista foi publicada pelo Folha de S. Paulo na edição do último domingo (2). Sílvio Pereira disse para o jornal: "Eu assumo a responsabilidade como membro da direção do PT, em que pese a direção do PT ter realmente a noção do que estava acontecendo. Ninguém é hipócrita de achar que não sabia que existia caixa dois. Qual membro da direção do PT não sabia disso?".

Silvio Pereira desmente sua entrevista

Na segunda-feira (3), Silvio Pereira desmentiu a entrevista publicada domingo pela Folha de S. Paulo.

Pereira disse: "O título da referida reportagem distorce minha declaração, publicada corretamente nas páginas internas. Em nenhum momento disse que os dirigentes do PT tinham conhecimento de operações com receitas não-contabilizadas".

O jornal disse que gravou a entrevista e garante que o que foi publicado é exatamente o que foi dito pelo ex-dirigente do partido.

Executiva Nacional desmente Sílvio Pereira

Nesta segunda-feira, Valter Pomar, terceiro vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, desmentiu as declarações de Silvio Pereira publicadas pela Folha de S. Paulo no domingo (2).

Pomar disse: "Silvio Pereira não é mais petista. Ele próprio afirmou que se afastava quando se comprovou um ato de corrupção dele, automóvel, quatro rodas, bonitinho".

E acrescentou:"Ele deveria reconhecer que já produziu um estrago muito grande no partido e ponto. Não levo a declaração a sério".

A Executiva Nacional também tornou pública uma nota em que nega as declarações de Pereira. Ela disse que "jamais tomou conhecimento, autorizou, discutiu ou orientou práticas que levassem ao financiamento paralelo de campanhas eleitorais".



Fontes