Escândalo derruba Presidente da Casa da Moeda do Brasil

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 4 de agosto de 2005

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Manoel Severino dos Santos, o Presidente da Casa da Moeda do Brasil pediu demissão ontem (3). O Ministro da Fazenda, Antonio Palocci aceitou o pedido.

A diretora-financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, disse para a Polícia Federal nesta semana que Manoel Severino dos Santos recebeu R$ 2,6 milhões da empresa. A SMP&B é uma empresa de publicidade de Marcos Valério, envolvido no alegado escândalo do mensalão.

Documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios mostram que vários saques no Banco Rural foram feitos das contas das empresas de Valério. Entre os sacadores há nomes de parlamentares e assessores de políticos. Marcos Valério e Simone Vasconcelos disponibilizaram para a polícia e CPI listas com os nomes de pessoas que receberam dinheiro dessas empresas.

De acordo com os documentos, o ex-Presidente da Casa da Moeda, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), é a segunda pessoa dentro do partido que mais recebeu dinheiro do empresário. Segundo o jornal Folha de São Paulo, os saques totalizam R$ 2,676 milhões e ocorreram entre agosto de 2003 e julho de 2004.

O nome de Manoel Severino do Santos também aparece na agenda da secretária Fernanda Karina Somaggio, que trabalhou para Marcos Valério e denunciou seu ex-chefe para a CPI dos Correios. A agenda de Karina registra vários encontros entre Manoel e o empresário Marcos Valério.

Manoel Severino do Santos foi Secretário Extraordinário de Articulação Governamental no governo da prefeita do Rio de janeiro Benedita da Silva (PT), em 2002. Segundo Carlos Roberto Macedo Chaves, ele e Manoel coordenaram a campanha política de Benedita em 2002.

Santos negou as declarações que Simone fez à polícia, numa nota distribuída para a imprensa ontem à tarde. O demissionário disse que "nunca esteve em qualquer agência do Banco Rural" e que "a Casa da Moeda do Brasil não firmou e não tem contrato com qualquer empresa que tenha contribuído para a campanha eleitoral de 2002 no Estado do Rio de janeiro", da qual ele foi um dos coordenadores.

Fontes