“O meu sonho é ser o Presidente da República de Angola”, diz estudante

Fonte: Wikinotícias
Angola.

Agência VOA

Sabalo Salazar já vendeu água e já cavou pedras para ganhar dinheiro a fim de continuar os estudos.

8 de fevereiro de 2015

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Sabalo José Moisés Salazar, de 26 anos, é natural do Lobito, província de Benguela. Está a cursar o primeiro ano de Direito na Universidade Autónoma de Lisboa, em Portugal.

Ele explica porque foi estudar em Portugal: “A qualidade de ensino em Angola não estava correspondendo às minhas expectativas, então, fui além das minhas possibilidades para poder me formar para corresponder à expectativa de Angola”.

Salazar tem um sonho. Quer disputar as eleições para presidente de Angola depois de 2030. Para isso, ele tenciona preparar-se muito bem. Pretende fazer mestrado, e depois doutoramento."Sonho liderar meu país de uma maneira mais ampla e abrangente para todos os angolanos”.

Salazar é um homem determinado. Em 2007, ele e a namorada foram trabalhar como missionários no município do Caimbambo. Após dois meses, perceberam que o nível de analfabetismo no município era muito alto, e voltaram para a província de Benguela.

Com cerca de oito semanas casaram-se e retornaram para o Caimbambo para começar o projecto sem fins lucrativos chamado RVS (Restaurando Vidas: Problemas Sociais).

O casal começou a dar aulas de alfabetização e reforço escolar para crianças e adultos em sua própria casa. Após 2 anos da abertura do projecto, eles começaram a receber um pequeno apoio do governo. Segundo Salazar, após três anos de trabalho no Caimbambo foi possível erradicar o analfabetismo no município.

“Nos deram um desafio para poder formar os professores de alfabetização e formamos em todas as comunas", acrescenta. Salazar diz que hoje muitas pessoas já estão na sétima classe ou até mesmo na oitava.

Para ele, isso é muito importante. Sua família é bastante grande: 43 irmãos. Mas é o único filho que conseguiu terminar o técnico médio. “Eu sou a única pessoa da minha família que está em uma universidade” acrescenta.

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